O procedimento cirúrgico passou a ser comentado nas redes sociais depois que a ex-bbb Thais Braz contou que passou pela cirurgia. Em seu Instagram, ela falou que fez a frontoplastia porque sentia uma insegurança em relação ao tamanho da testa. Por conta disso, muitas pessoas se submetem ao procedimento.

Segundo Marcos Badim, cirurgião plástico no Hospital Badim, a cirurgia é voltada para recuperar a autoestima dos pacientes ao deixar o rosto mais simétrico. Nesse sentido, o médico aponta que a cirurgia melhora a autoestima do paciente, tanto física quanto psicologicamente, e facilita a rotina pessoal e profissional dele.

De acordo com Badim, os cirurgiões que vão realizar a cirurgia devem descobrir as necessidades dos pacientes a fim de saber qual é a técnica indicada para o caso, já que as intenções e as características do rosto mudam de paciente para paciente. Com a técnica decidida, o médico precisa explicar ao paciente como a cirurgia será realizada e quais são os cuidados pós-operatórios necessários para uma boa recuperação.

Caso o paciente não fique satisfeito com o resultado da cirurgia, ele pode reverter o procedimento cirúrgico a depender da técnica utilizada pelo cirurgião. Dessa forma, o Dr. Badim aponta que uma conversa com médico sobre cada detalhe da operação é essencial antes de se submeter ao procedimento cirúrgico.

Frontoplastia: Antes e Depois

Em março de 2022, a ex-bbb Thaís Braz passou pela frontoplastia para aumentar a sua autoestima. Segundo a influenciadora, o tamanho da sua testa a incomoda desde criança e ela usa a franja para escondê-la. Durante a exibição do programa, ela foi alvo de muitos comentários maldosos por conta do tamanho da sua testa. Parece que as coisas mudaram, não é mesmo?

Com a cirurgia, Thaís manteve a proporção do rosto ao retirar 2 centímetros de testa e continuar com 6 centímetros em cada parte do rosto. Embora pareça uma pequena diferença, a cirurgiã plástica Patrícia Marques aponta que essa mudança já impacta no visual do rosto. Além disso, a especialista comenta que muitas mulheres entre 18 e 30 anos procuram a frontoplastia com a mesma motivação de Thaís, ou seja, aumentar a autoestima.

Já no caso da cantora e ex-bbb Linn da Quebrada, a cirurgia foi realizada como um procedimento de afirmação de gênero. Nesse caso, a frontoplastia é uma forma de trazer os traços considerados femininos ao rosto da paciente e pode ser feita com um transplante capilar. Segundo o Dr. Ronaldo Borges, especialista em transplante e medicina capilar, realizar a frontoplastia com transplante capilar é uma técnica pouco invasiva.

Em outubro de 2022, a artista passou pela cirurgia de afirmação de gênero. Nas redes sociais, Linn postou fotos durante o processo pós-operatório e escreveu que é biologicamente travesti. Ivete Sangalo, Pabllo Vittar, Matheus Carrilho e outras celebridades elogiaram o resultado do procedimento cirúrgico.

Como o procedimento cirúrgico é feito?

Inicialmente, a frontoplastia começou a ser realizada em casos de pacientes com queimaduras e tumores na área superior do rosto a fim de reconstruir os seus cabelos. Entretanto, a cirurgia acabou se popularizando pela diminuição do tamanho da testa e, com isso, criando proporcionalidade ao rosto.

O procedimento cirúrgico também é realizado durante o processo de afirmação de gênero de pacientes trans e pode ser realizado com ou sem o transplante capilar. De acordo com especialistas na área, a cirurgia com transplante capilar é menos invasiva ao paciente e é responsável pela feminização da testa.

Diminuição da testa com a frontoplastia

Segundo a Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica no Hospital Albert Sabin em São Paulo, o procedimento é realizado com uma incisão coronal, ou seja, na linha de transição da pele para o couro cabeludo. Após a incisão, os médicos descolam a pele dos ossos da face e ressecam o osso aumentando. Em seguida, a pele é colada à face de forma que a testa diminua de tamanho.

Os pacientes que passam pela cirurgia não costumam reclamar do pós-operatório, considerado pela médica como tranquilo em relação à recuperação e às dores. Entretanto, os pacientes não podem esquecer de tomar os remédios anti-inflamatórios e antibióticos, além de usar uma faixa na região por cerca de 2 semanas e dormir com a cabeça para cima. 

A cicatrização gira em torno de 7 a 10 dias e costuma variar de acordo com a técnica realizada. No caso de pacientes que não usam o transplante capilar no procedimento, a incisão pode ser feita no couro cabeludo, ou seja, cicatriza em menos tempo. Já no caso de pacientes trans, eles precisam realizar o transplante capilar para modificar o formato do rosto e, por conta disso, a cicatrização é mais lenta.

Frontoplastia para pacientes trans

Nesse caso, o procedimento cirúrgico pode ser realizado de muitas técnicas a depender das necessidades do paciente e, obviamente, das características da sua face. De acordo com o Dr. José C. Martins Jr., diretor do Transgender Center Brazil, é possível fazer a frontoplastia pela técnica do desgaste do ossos na testa.

Como também a frontoplastia em que os ossos da testa são retirados da face. São moldados à mão pelo cirurgião e reposicionados em direção à parte posterior da face com o auxílio de pequenas placas e parafusos ou fios de algodão, a depender do paciente. Por fim, o cirurgião pode realizar o transplante capilar no paciente para facilitar na diminuição da testa. Como também contribuir para a naturalidade do procedimento cirúrgico.

Nos dois primeiros dias após a operação, os pacientes podem ver hematomas na região das pálpebras superiores. Isso devido à uma inflamação que deve melhorar após a adaptação do corpo à intervenção. Após um ano da cirurgia, a cicatriz próxima à linha do couro cabeludo tende a ficar com a mesma cor da pele e torna-se difícil de ser vista.

Por motivo de a cor ter mudado e o cabelo vai crescer nesta direção. Embora seja pouco conhecida, a cirurgia promove um aumento na autoestima dos pacientes. E poderá contribuir com a afirmação de gênero de muitas pessoas pelo mundo afora.