Fazenda vertical é uma solução contra o desgaste de recursos naturais

Veja mais sobre essa ideia dinamarquesa.

Recentemente, na Dinamarca, a startup Nextfood propôs um modelo de produção que visa diminuir a extração de recursos naturais. A proposta inovadora se chama fazenda vertical. Em outras palavras, a ideia é produzir alimentos de forma desassociada da natureza a fim de poupá-la.

Ou seja, com essa metodologia não haverá extração de recursos da natureza, o solo não será esgotado, o uso de água é muito reduzido, em comparação à agricultura convencional, também não há contaminação de água, uso de pesticidas e afins. Além disso, um grande faturamento é esperado até o ano de 2029.

A estrutura de uma fazenda vertical é inegavelmente precisa e bem planejada. Nesse tipo de estrutura todas as variações climáticas são planejadas e executadas de acordo com o plantio feito. Como resultado, temperatura, nutrientes, água, iluminação, entre outros, são muito bem controlados e aproveitados ao seu máximo.

Vale ressaltar que a fazenda vertical possui cada vez mais benefícios. Com essa estrutura é possível otimizar espaços, o que evita o desmatamento, por exemplo. No Brasil seria uma ótima saída, caso houvesse mais interesse em produzir alimentos para todas as pessoas ao invés de desmatar florestas e tirar a terra de povos indígenas.

O que sabemos sobre os benefícios da fazenda vertical

Projeto ainda é experimental, mas já mostra resultados em números

A startup aposta em um modelo da fazendo à mesa e com isso a cadeia de alimentos é completamente renovada e os custos de produção serão reduzidos. Outra forma considerável de redução de custos é o não uso de pesticidas. Os venenos controladores de pestes e insetos são dispensáveis com o total controle climático. Se bem que, o desafiador cenário globalizado garante a fomentação de um grupo importante. Principalmente no que diz respeito à determinação do sistema de formação de quadros que corresponde às demandas.

A nível de lucratividade, com o baixo investimento, comparado ao que seria feito na agricultura convencional, a estimativa de lucros para esse ano é superior a quatro bilhões de dólares. Dessa forma a Nextfood pretende escalonar seus lucros até mais cem bilhões de dólares no ano de 2029.

O idealizador e CEO da startup Nexfood, Rasmus Bjerngaard, ressaltou que a fazenda vertical localizada em Copenhague, capital e maior cidade da Dinamarca, é extremamente eficiente. Sua eficiência está em seu isolamento na nova cadeia alimentar dissociada da mãe natureza.

Como a expectativa de população em 2050 é de 9,7 bilhões de pessoas. Podemos nos questionar de onde sairiam os recursos naturais necessários para suportar essa população. Em outras palavras, não há como negar esses números e não tomar medida alguma contra as mudanças climáticas e a fazenda vertical é uma ótima saída.

Maior fazenda vertical está na Dinamarca, mas não é a da Nextfood

Saiba tudo sobre a maior fazenda vertical

Em 2021 a empresa dinamarquesa Nordic Harvest começou a construir a maior fazenda vertical do mundo. A princípio, o espaço da fazenda vertical terá 7.000 m², além de 14 andares e a produção deveria chegar a até mil toneladas de verduras e legumes por ano. As experiências acumuladas mostram que o rastreamento das preferências de consumo pode vir a  ressaltar a casualidade dos métodos utilizados na avaliação de resultados

Só para exemplificar, a expectativa é de produzir toneladas de verduras e legumes não somente durante suas respectivas estações, mas durante o ano todo. Como dito anteriormente, a tecnologia empregada na fazenda vertical permite a manipulação climática. Decerto esses ajustes feitos com auxílio da tecnologia construirão um ambiente sempre favorável.

A empresa dinamarquesa Nordic Harvest firmou parceria com a taiwanesa YesHealth Group. Ambas atuam no mesmo ramo. A dinamarquesa, sem dúvida, pretende que a fazenda vertical, quando atingir o tamanho desejado, seja capaz de suprir a demanda de legumes e verduras de todo o país.

Para fazer a fazenda vertical funcionar, a técnica utilizada na Dinamarca é a hidroponia. Com essa tecnologia, por exemplo, os alimentos são cultivados com pouca água. Essa forma, além de sustentável, sem dúvida, diminui os riscos de contaminações como a de salmonela.

Olho no futuro com a produtividade e sustentabilidade

Onde pode chegar os benefícios da fazenda vertical

A expansão dos mercados mundiais, incluindo o de fazendas verticais cumpre um papel essencial na formulação do sistema de participação geral. Perante o crescimento acelerado da população mundial, medidas precisam ser tomadas para garantir o sustento de todos. A produção por meio de fazenda vertical se torna uma solução devido a possibilidade de cultivo em grandes centros urbanos, principalmente.

O futuro pode, apesar de ter uma população maior, por exemplo, não precisa ser agressivo para a natureza. Só para ilustrar, o mundo pode ter uma produção maior de legumes e verduras, produção a baixo custo, e além disso, em grande escala. Caso bem administrado e com um pouco de boa vontade é possível que muitas pessoas tenham mais alimentos em suas mesas.

O espaço para a construção de fazendas verticais é outro ponto positivo. Locais abandonados podem ser aproveitados bem como espaços pequenos. A questão de espaço para o plantio não chega a ser um problema pela versatilidade. Grandes espaços não só são bem vindos como também os pequenos porque o crescimento é vertical.

Nem tudo são flores quando se trata de fazenda vertical. Os principais problemas apontados para esse tipo de produção são o alto consumo de energia para a iluminação artificial e a climatização dos edifícios. Além disso, há um alto custo para a implementação do sistema e o desenvolvimento das atividades necessárias para o mantimento.

A tecnologia de fazenda vertical ainda é recente. Há muito a se fazer, experimentar e reparar. Por fim, o que é importante é a esperança de produzir alimentos suficientes para todas as pessoas, com baixo custo e tornando a alimentação mais acessível. Ainda que o custo seja alto, é algo a se pensar em comparação ao desgaste natural irrecuperável das plantações convencionais.