A Receita Federal alertou nesta quinta-feira (30) que recebeu diversas denúncias envolvendo fraudes em empréstimos, e aproveitou para dar orientações sobre como evitá-las. De acordo com a agência, a empresa de crédito acusada vai liberar o dinheiro como condição de pagamento antecipado do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Por isso, é muito importante se atentar ao golpe do Pix, para não cair nele. O recolhimento do IOF é feito somente por meio do Arquivo de Arrecadação de Impostos Federais (Darf) e é pago pela entidade que concede o crédito, e não pelo contribuinte. Além disso, as autoridades fiscais não concedem empréstimos ao público e não os contatam para obter tais taxas.

De acordo com relatórios recebidos pela Receita Federal, os pagamentos das chamadas taxas ou IOFs são repassados ​​às pessoas físicas por meio do Pix. Em nota, a Receita Federal classificou isso como um golpe pelo simples fato da instituição não fornecer dados pessoais, nem sobre impostos recolhidos ou de qualquer tipo transferências. Se houver suspeita de golpe, a orientação do órgão é denunciar à polícia, fornecendo todas as provas possíveis.

Atenção a outros golpes da internet 

Novos mecanismos para burlar a segurança digital e enganar os usuários são frequentemente desenvolvidos por criminosos, mas a maioria dos golpes segue um certo padrão. Eles são feitos a partir de acessos concedidos por vítimas inadvertidamente, como clicar em links ou até mesmo navegar em sites ou aplicativos suspeitos.

Golpes de crédito simples começam com telefonemas, e-mails ou anúncios de mídia social em que falsos funcionários bancários ou financeiros oferecem baixas taxas de juros e condições favoráveis ​​para depositar instantaneamente dinheiro em contas. O crédito fácil pode ser tentador, mas os consumidores devem estar cientes das armadilhas. 

Por exemplo, a introdução do sistema BC (Banco Central), que permite consultar o valor do dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras, é utilizado em tentativas de golpes com links falsos que prometem consultar saldos e até fazer saques antecipados. Quando os usuários clicam e inserem seus dados, as informações são passadas diretamente aos criminosos.

Além disso, esses links podem instalar vírus diretamente no dispositivo. Ao lançar novos serviços, os criminosos geralmente criam links falsos, como pagamentos de resgate. Nestes casos, deve-se consultar sites oficiais (por exemplo, bancos centrais) onde serão definidos todos os procedimentos a serem adotados.

Atenção aos emails

Também vale a pena verificar o número ou endereço de e-mail de onde o e-mail foi “enviado”. Tivemos a oportunidade de identificar golpes sofisticados que usam endereços eletrônicos que estão, em princípio, associados a empresas específicas, mas a maioria dos golpes usa plataformas gratuitas de envio de e-mail.

Usar contas falsas para falsificar contatos é outro golpe que se tornou muito popular no ano passado. Os criminosos criaram uma conta de WhatsApp com o novo número e se registraram como a vítima, copiando seu nome, avatar e status. Ele então entrou em contato com a família, alegando ter “mudado o número” e pedindo dinheiro emprestado, geralmente para emergências.

O WhatsApp também pode ser clonado por spyware, aplicativos espiões que permitem que hackers – mesmo aqueles próximos da vítima – monitorem a atividade em seus telefones. Como resultado disso, alguns criminosos podem ter seu foco voltado para as vítimas, encontrando formas para acessar seus dados pessoais, incluindo informações bancárias e códigos de verificação do WhatsApp.

Normalmente, consumidores em situações mais vulneráveis, como aqueles que estão muito endividados, são mais propensos a serem enganados. A oferta é tentadora, já que as operadoras de falsificações chegaram a aceitar clientes estigmatizados no mercado, aqueles que foram negados pelos registros de vigilância da Serasa. Apenas uma quadrilha criminosa no país roubou 30 milhões de reais das vítimas.

Não caia no golpe do Pix

Os golpistas costumam usar truques de engenharia social para convencer as vítimas da seriedade das ofertas falsas. O argumento é tão claro que muitas vezes é difícil detectar sinais de fraude. A regra é ter cuidado com toques repentinos em e-mails e telefonemas, mas você também precisa ficar atento a anúncios enganosos nas redes sociais que atraem os consumidores.

A atração é feita para que a vítima clique e forneça suas informações pessoais. Como são os consumidores que estão “interessados” pela publicidade, essa relação parece ser mais confiável. Não importa como você inicia sua negociação, fique atento para comprovar a veracidade da sua oferta.

Ponto de atenção

Lembre-se de definir critérios para avaliação de ofertas de empréstimo. Compare preços e recomendações. Antes de preencher o cadastro e fechar a transação, conheça as origens da empresa e como avaliá-la nos sites Reclame Aqui e consumer.gov. Pesquise se uma financeira ou banco está realmente qualificado para conceder crédito.

A autorização é concedida pelo banco central e a lista pode ser acessada e filtrada por tipo de instituição. A base de dados está no site do BC. Desconfie de cotações que estão bem abaixo da média do mercado. Mesmo que a proposta seja de uma empresa bem avaliada, verifique a autenticidade da fonte ou serviço do site. Os golpistas aproveitam a credibilidade da marca para cometer fraudes.

Nunca obtenha um empréstimo com pagamento antecipado, especialmente se a conta de destino pertencer a uma pessoa física ou jurídica não autorizada. Monitore seus dados pessoais e financeiros regularmente para garantir que seu nome não esteja sendo usado como “laranja”, o que significa que você é vítima de um empréstimo ou conta de financiamento falso.

No entanto, se você for vítima de um golpe de empréstimo falso, faça um boletim de ocorrência e informe o CPF ou CNPJ ao banco de destino do adiantamento. Não há garantia de que o valor transferido será revisto, mas é uma forma de deter as quadrilhas fraudulentas. Tome cuidado para não cair nesse golpe.

Conclusão sobre o golpe do pix

Se você receber uma oferta muito fácil e com valores muito abaixo no Whatsapp, e-mail ou qualquer outra fonte de contato pessoal, fique atento, pode ser um golpe do pix. Mesmo se a oferta vier de um amigo ou parente, confira antes de aceitar, pois existe o risco da pessoa ter sido hackeada ou clonada.

Assim, do outro lado da tela pode ser na verdade um estelionatário. Para se proteger, recomendamos que não baixe aplicativos que prometem ganhos simples e exagerados de seguidores financeiros ou nas redes sociais. Ou, até mesmo recursos que não existem, como por exemplo, ter acesso quem visitou seu perfil no Instagram.