Queda das criptomoedas, confira o que acontece no mercado

Quer saber tudo e também quais foram as principais razões para a drastica queda das criptomoedas? Então, confira agora o que acontece no mercado.

O mercado das criptomoedas surgiu com uma certa desconfiança por parte dos governos e investidores, mas aos poucos ele cresceu e ocupou seu espaço. Essa opção de investimento se tornou uma febre e muitas pessoas passaram a investir nele. Assim, as criptomoedas se tornaram altamente populares e passaram a ser aceitas por cada vez mais empresas.

Uma cartada certa para o topo e para a valorização. Entretanto, em 2022 o mercado se tornou muito volátil e as moedas digitais vem enfrentando uma queda gigantesca mês a mês. O Bitcoin é a principal criptomoeda do mercado e a responsável pela regulação desse mercado. Por isso, quando os Bitcoins entram em queda, existe uma grande chance do mesmo acontecer com todas as outras criptos.

E para piorar a situação, a moeda fechou o mês de junho com uma queda de 37% do seu valor, registrando o pior trimestre da história, onde caiu quase 57%. Logo, isso resultou em uma avalanche no mercado das criptomoedas. Fazendo com que novos investidores tomassem prejuízos gigantescos, que talvez precisem de anos para se recuperar.

Entretanto, graças ao fato dos valores serem bastante voláteis, ainda é possível que em um prazo curto possa haver uma recuperação dos investimentos. O mais curioso é que no final de 2021 a moeda atingiu o pico de valorização que chegou e bateu recordes. Por isso, a queda brutal em 2022, com desvalorização de mais de 70%, faz com que as perdas e as dúvidas sobre esse mercado se torne ainda maior. 

As principais razões para essa queda brusca são as incertezas macroeconômicas e o medo sobre a possibilidade sistêmica de uma possível falência generalizada por parte das empresas de criptomoedas. Esse temor surgiu graças a desalavancagem do mercado que afetou todas as empresas. Assim, sendo boa parte de todos os fatores que contribuíram para a queda de preços nos últimos meses. 

Alguns governos já estavam de olhos nos riscos

Graças a falta de regulação e segurança para os investimentos por parte das empresas responsáveis pela compra e venda das criptomoedas e também das variações de preços altamente voláteis, muitos governos passaram a se preocupar com esse mercado. Apesar das altas e da constante valorização de 2021, países como a Inglaterra começaram a implementar regulamentações para esse mercado no país. Fazendo até mesmo o bloqueio de caixas eletrônicos de criptomoedas.

Além disso, eles passaram a aconselhar que todas as empresas do país e investidores, não aceitassem pagamentos em criptomoedas, justamente por causa da possibilidade dos valores caírem de mais e gerar prejuízos. Entretanto, essa regra não se aplicou de uma forma geral e outros governos aproveitaram a queda para realizar a compra de mais Bitcoins. Assim, acreditando que o mercado vai voltar a valorizar.

Governo de El Salvador investe em baixa das criptomedas

El Salvador fez a compra de 80 bitcoins com o custo de US$ 19 mil cada, afirmou o presidente Nayib Bukele. “Bitcoin é o futuro. Obrigado por vender barato”, publicou Bukele em seu Twitter, mostrando as imagens de 40 compras feitas no valor total US$ 1,52 milhão. Antes dessa compra, El Salvador havia realizado outra em maio, segundo Bukele. Na ocasião a quantidade seria de 500 moedas por um valor total de US$ 15,3 milhões, com o custo de US$ 30.744 cada.

Contudo, apesar da segurança com que faz os investimentos o país está atualmente com uma enorme perda. Segundo dados da CoinDesk, com base nos anúncios de do presidente, El Salvado tem até o momento 55,03% de perdas em suas compras de Bitcoin. Do final de 2021 até meados de 2022 o país comprou 2.301 moedas por um valor total de US$ 103,9 milhões, porém o seu portfólio atual tem valor de aproximadamente US$ 46,6 milhões.

Juros mais elevados contribuem para queda

Outro ponto catalisador no choque atual enfrentado pelas criptomoedas foi a divulgação recente do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Ela teve um salto de 8,6% na comparação anual de maio e chegou a maior alta desde dezembro de 1981. A alta dos preços nos EUA enterrou as esperanças dos investidores de que a inflação já tivesse chegado ao ponto máximo no país.

O risco de uma subida constante renovou os riscos de estagflação (um período de crescimento econômico lento associado com inflação em alta) e fez com que o mercado de criptomoedas também fosse atingido. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) precisou deixar de lado o seu foco em subir apenas meio ponto percentual a cada nova reunião monetária. Tendo elevado 0.75% na última.

Dessa forma, foi o maior aumento feito em uma reunião política monetária desde 1994. Assim, o mercado financeiro já está fazendo previsões de que a taxa básica de juros dos Estados Unidos possa chegar a um pico acima de 4% ainda em 2023. Se isso acontecer, essa taxa vai estar acima do dobro da faixa atual entre 1,50% a 1,75%.

Conclusão: Vale a pena investir na queda de valor das criptomoedas?

Essa é uma pergunta muito difícil de responder. Como dito anteriormente, o preço é bastante volátil. Diversos fatores externos acabam influenciando na alta ou na baixa  do Bitcoin. Antes da atual crise, investir em uma baixa era quase certeza de lucro, pois o mercado sempre voltava a se recuperar e gerar lucro para os investidores.

Contudo, com a crise monetária e a alta taxa de juros nos EUA, ligados a problemas como exigências e limitações na regulamentação por parte de alguns governos e uma série de outros fatores, fazem com que o momento atual de queda seja diferente dos outros. Por isso, é preciso ficar bastante atento antes de investir e saber de todo risco que está correndo. Você pode sim ganhar muito dinheiro se o Bitcoin se recuperar, mas pode acabar perdendo seu investimento se a desvalorização continuar. Então, é preciso ter atenção!