Que tal falar de uma paixão nacional, na verdade de duas! Cerveja e futebol formam uma bela parceria aqui no Brasil, e essa dupla vai longe, exceto no Qatar, onde o consumo de bebida alcoólica é proibida nos estádios.

Parece muita informação, mas está tudo interligado e você poderá compreender lendo o artigo a seguir que vai tratar do índice da cerveja, do seu custo e como isso movimenta o mercado cervejeiro. Vamos lá?

Índice da cerveja

A HelloSafe Brasil elaborou uma pesquisa, na qual divulga o Índice da Cerveja 2022. A pesquisa aconteceu por meio de coleta de dados do preço médio da garrafa de 330ml em 77 países ao redor do mundo.

Na pesquisa, foi constatado que o Brasil ocupa a 46ª posição do ranking, com o valor médio por garrafa de 330ml de R$ 6,00. Pois é, essa é a média de valor brasileiro, mas acredite está muito pior em outros países.

Antes de seguir é importante saber que a pesquisa foi realizada apenas com as unidades de Heineken, e em supermercados e lojas locais onde são permitidas a venda de bebidas alcóolicas, desconsiderando os preços nos bares, hotéis e restaurantes. O valor da cotação do dólar foi o equivalente a R$ 5,06 em novembro de 2022.

Cervejas mais caras: quem lidera o ranking?

O Qatar, sede da Copa do Mundo de 2022, lidera o ranking e está ao lado de países muito diversos em sua localidade como por exemplo, Noruega, Angola e Bahrein. Na Noruega há proibição e restrição expressa da venda e do consumo de bebidas alcóolicas, por isso os preços são tão altos.

Em Angola, há projetos de leis que buscam inibir o consumo de bebida alcoólica, porque há consumo excessivo por parte de jovens e mulheres e as pessoas alegam a má administração do Estado, que não oferece empregos a seus habitantes.

Já deu para perceber que o valor da cerveja normalmente vai variar com os problemas relacionados ao consumo de álcool pelo mundo. Altos índices de pessoas alcoólicas e problemas relacionados ao consumo excessivo.

Outros países têm seus valores na casa da dezena, como é o caso de Cingapura, Austrália e Canadá. Mas porque no Qatar a cerveja é a mais cara do mundo?

O Qatar leva o troféu de cerveja mais cara do mundo!

O Qatar não leva o troféu de cerveja mais cara do mundo à toa. Afinal, há uma série de leis restritivas que não impedem a comercialização da paixão nacional brasileira, mas infelizmente leva para a prisão quem for encontrado bêbado!

Pois é, com tantas restrições, com tantas restrições legislativas, não poderia ser diferente as grandes dificuldades encontradas para conseguir encontrar um estabelecimento que permita o consumo da bebida, que só é permitido em alguns bares e hotéis do país.

E como ficam os torcedores durante o mundial? Será possível beber uma cervejinha durante a partida?Como ficou a patrocinadora oficial da Copa diante destas circunstâncias?

A polêmica da cerveja no Qatar

A Budweiser, patrocinadora oficial da Copa, investiu cerca de 75 milhões de dólares para ter seus produtos vendidos nas arenas e festas que vão acontecer durante o mundial no Qatar. Mas como fica todo esse investimento após o impedimento de bebidas nos estádios durante a competição?

Cada cerveja sairá pelo preço de 50 riais do Qatar, o equivalente a R$ 74. Ou seja, no lugar em que a cerveja é a mais cara do mundo, ficará quase impossível degustar uma cerveja. Exceto se você pesquisar muito e ainda buscar se controlar, afinal o rigor contra o uso de bebidas alcóolicas lá vai para além dos estádios de futebol.

Além das proibições a cerveja no país da copa, não é para todas as pessoas. Com valores tão altos, é impossível que uma pessoa que não seja turista ou faça parte da elite econômica do país, possa consumir a bebida. Há bares que exigem inclusive que os homens entrem apenas vestidos de terno, ou seja, os hábitos também são diferentes.

À primeira vista, para não restar dúvidas aos eleitos, que conseguiram ir ao Qatar para assistir a Copa do Mundo bem de pertinho, não esqueça que a venda de álcool será autorizada somente em fans zone próximo aos estádios e com delimitação de horário.

A Copa do Mundo e o aquecimento do mercado cervejeiro

Com toda essa polêmica em volta da cerveja, o que esperar no mercado cervejeiro? Parece um ambiente promissor, e é. Ela é um setor que impacta diretamente em vários setores, desde a agricultura à indústria e proporciona um grande número na geração de empregos.

Segundo a associação Worldwide Brewing Alliance (WBA), em 2019, o setor de cerveja, apoiou cerca de 23 milhões de empregos nos vários setores da economia, inclusive no varejista. Gerou também US$ 262 bilhões de impostos conforme o mesmo levantamento realizado nos mais de 70 países estudados, incluindo o Brasil.

O mercado cervejeiro no Brasil

Contudo, apesar da classificação como cerveja mais cara, na América Latina, a cerveja brasileira é uma das mais baratas. Perde apenas para o Paraguai, Panamá e Colômbia.

No Brasil, o setor é constantemente aquecido e a prova são os números animadores desde pesquisas realizadas desde de 2020. Segundo uma dessas pesquisas, realizadas pela consultoria Saccharobeer o setor participa de forma marcante do Produto Interno Bruto do país.

De toda a bebida alcoólica consumida aqui, 87% do volume é de cerveja. Mesmo fazendo parte da lista como a 46ª cerveja mais cara do mundo. Ainda segundo a Hellosafe, o preço da cerveja no Brasil só aumenta a partir do mês de outubro de 2020. Já acumula uma inflação de 16,55% no período até novembro de 2022.

No Brasil, o crescimento da produção de cerveja está previsto em 8%, representando 15,4 bilhões de litros de cerveja. No ano de 2021, a produção chegou a 14,3 bilhões de litros. Isso representa um aumento de 3,3 bilhões de garrafas de 330 ml no consumo anual de cerveja.

Se você está pensando em investir em um negócio e não sabe por onde começar, aqui vai a dica: o brasileiro produz e consome muita cerveja e esse é um negócio em expansão pelo mundo.