Somos 8 bilhões! Quanto a Terra ainda aguenta?

Entenda a trajetória do homem na Terra até chegar em 8 bilhões, e como o seu destino pode transpor as barreias. Confira!

Em 2022 alcançamos a marca de 8 bilhões!
Em 2022 alcançamos a marca de 8 bilhões!

Que o homo sapiens vagou pela Terra por cerca de 300 mil anos, já é divulgado. Mas como não existia a escrita e métodos para gravar essa história, como podemos saber? A arqueologia dá conta de nos mostrar a história contada através das peças encontradas em sítios arqueológicos que pareciam impossíveis de serem acessados. Vamos ver um pouco das suposições científicas até agora quando já somos 8 bilhões.

E durante todos esses anos que a humanidade vem se desenvolvendo sobre a Terra, sempre houve a preocupação sobre o modo como povoamos esse espaço e até quando o planeta iria aguentar! Por enquanto ele está aguentando, mas até quando?

Um breve histórico do povoamento da Terra

Há várias teorias sobre o modo como a Terra teria sido povoada e o criacionismo é uma delas. A história cristã prevalece ainda hoje para uma parte da sociedade, mas enquanto humanidade, vamos pensar de forma científica. Após a explosão de vulcões e uma chuva de gases, o planeta foi totalmente reestruturado. Não fomos extintos, mesmo a tamanha adversidade climática e resistimos, nos reinventando.

Povoamos cada pedaço do planeta e a prova disso foi um pedaço de plástico encontrado a mais de 10 mil metros abaixo da superfície do oceano no fundo da Fossa das Marianas em 2018. E com base nisso provocamos mudanças imensas no ecossistema, pois em tudo que tocamos, nós humanos, conseguimos deixar marcas, na maioria das vezes, irreparáveis.

Humanos: mamíferos ou vírus?

O modo como os humanos se comportam diante da natureza é muito contraditório com a classe que ele ocupa. Existem alguns estudiosos que chegam a comparar o homem a um vírus. Sabendo como o vírus infecta uma célula, multiplica-se e a destrói, depois espalha suas “cópias” para outras células saudáveis.

Podemos em parte concordar com essa possibilidade de reclassificação taxonômica. Mas o ser humano não é só destruição. Com avanços tecnológicos conseguimos mudar formas de produzir, os modelos de consumo e até mesmo encontrar modos mais sustentáveis de se estabelecer no planeta, prejudicando o mínimo possível o ecossistema ao nosso redor.

Onde vamos parar?

Segundo a teoria populacional cunhada por Thomas Malthus, grande intelectual de sua época, nas áreas de economia política e demografia, a população cresceria em progressão geométrica enquanto a produção agrícola cresceria em progressão aritmética. Em resumo a população duplicaria a cada 25 anos e esse pessimismo malthusiano era bem pertinente no século XVIII, já que o mundo foi assolado por muitas crises e muitas guerras nesse período, acompanhado de um grande desenvolvimento industrial àquela época.

Mas a previsão malthusiana finalmente pareceu infundada ao longo dos anos e hoje temos condições de resolver questões alimentícias e de produção agrícola com as tecnologias que conseguimos aprimorar ao longo dos séculos. A população continua a crescer, mas temos conseguido sanar o espaço e o sustento. Mas dá para crescer mais? Finalmente, 8 bilhões é muito, ou a Terra aguenta um pouco mais?

8 bilhões: muito ou pouco?

Parece que atingir os 8 bilhões de habitantes é um marco desesperador, mas a taxa de natalidade mundial decresce dia após dia. E apesar de a Índia ultrapassar a China, como país mais populoso do mundo, essas duas nações estão na contramão dos outros países do mundo. Segundo informes da ONU, as projeções divulgadas no início do ano de 2022, sugerem que terá cerca de 9,7 bilhões de pessoas no mundo em 2050 e 10,4 bilhões em 2080.

O aumento da expectativa de vida, é outro agravante para manter esses números sempre em crescimento, pois com tantos recursos, estendemos nossas vidas por alguns longos anos. São muitas informações e muitos poréns frente ao crescimento populacional e as incertezas que surgem ao longo da história. Quem imaginaria que uma pandemia poderia matar mais de 600 mil pessoas no Brasil? Como não foi possível prever uma pandemia, será possível prever o futuro?

Somos 8 bilhões!

Profecias para o próximo milênio

Parece esoterismo, mas não é. Há cientistas que acreditam que daqui a 20 anos, algumas pessoas estarão vivas de uma forma diferente da atual. Dentro dessas suposições é possível pensar nas transformações tecnológicas e porque não contato com seres de outros planetas? Estão sendo desenvolvidos processos de purificação de água, produção de energia nuclear, e redução dos danos ambientais causados pelos maus usos realizados pelos próprios humanos.

Baseado nisso, também estão sendo feitos estudos dentro da engenharia de alimentos soluções contra a fome. Humanos e robôs unidos parecem um cenário de ficção científica, mas será possível não pensar nisso para um futuro próximo com tantas transformações digitais? E o que falar sobre a ideia de morar em outros planetas?

Destino: sistema solar

O céu é o limite! Parece que não. Em 2018, Jeff Bezos, um dos homens mais ricos do mundo, previu um futuro em que nossa população passará muito de 8 bilhões e atingirá 1 trilhão de humanos espalhados pelo Sistema Solar e para completar a previsão, anunciou que está trabalhando hipóteses e elaborando estudos e formas de tornar isso realidade.

Uma boa hipótese de planeta para começar a pensar na mudança seria Marte. De todos os planetas do Sistema Solar, ele é considerado o mais hospitaleiro. E mesmo com características muito próximas às da atmosfera da Terra, está longe de ser um bom ambiente para nós, seres humanos adaptados à Terra.

Com temperatura boa no verão, pode chegar a uns 20º C, considerando um inverno severo, podendo atingir -140º C. Mas se pensar nessa possibilidade parece audacioso, imagine nas condições climáticas em que nossos ancestrais viviam, cerca de mais de 100 mil anos atrás? Se a Terra vai aguentar mais de 8 bilhões de habitantes, não há como saber.

O que sabemos é que o ser humano avançou muito em termos de comportamento e ideologia, muito embora ainda busque melhorias em outros setores da vida, como por exemplo questões sociais e psicológicas. Vamos torcer para que a evolução nos permita avançar para além das barreiras do espaço, mas que acima de tudo, continuemos a preservar o nosso planeta azul, carinhosamente também conhecido como “planeta água”.