Varíola dos Macacos: uma nova pandemia?

O que é a Varíola dos Macacos? Como pode ser tratada ou evitada? É uma nova pandemia? Neste artigo, respondemos todas as suas dúvidas!

Varíola dos macacos

O que é a Varíola dos Macacos? Como essa doença funciona? Como pode ser tratada ou evitada? E a pergunta que não quer calar… Estaríamos diante de uma nova possibilidade de pandemia? Hoje, responderemos a todas essas perguntas! Então, se você está preocupado com a Varíola dos Macacos e quer saber mais sobre essa doença, acompanhe este artigo até o final. 

Varíola dos Macacos: o que é?

Primeiramente, nada mais justo do que entendermos o que é essa tal Varíola dos Macacos. E, para início de conversa, ela é causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus – que é uma espécie de “primo” do vírus causador da varíola humana. Esse vírus, normalmente, é encontrado em roedores e causam, principalmente, febre, calafrios e bolhas e feridas na pele, que coçam e doem.

Os primeiros casos da Varíola dos Macacos, ou varíola símia, aconteceram em 1958 num grupo de macacos. Posteriormente, a doença foi identificada em seres humanos no ano de 1970 e, décadas depois, houve um pequeno surto dessa enfermidade nos Estados Unidos, em 2003. Atualmente, países da Europa estão apresentando surtos locais da doença.

Segundo a Doutora Regia Damous, infectologista e mestre em epidemiologia, os recentes surtos dessa doença são causados pela Varíola originária da África Ocidental, considerada a menos letal, com taxa de mortalidade de cerca de 3-6% e pouco transmissível. Além dela, vale destacar a varíola da Bacia do Congo, com taxa de mortalidade de cerca de 10%, e a Varíola Humana, com taxa de mortalidade de cerca de 30%, mas que já foi erradicada a décadas atrás. 

Sintomas da Varíola dos Macacos

Varíola dos macacos

Agora, veremos como identificar a Varíola dos Macacos! Os sintomas mais comuns dessa doença são vários, como: bolhas e feridas na pele que causam dor e coceira (no rosto, no tórax, nas extremidades e nas regiões genitais); febre; calafrios; dores de cabeça; dores musculares; cansaço excessivo; dor nas costas. Ou seja, são diversos sintomas importantes.

Nesse contexto, os sinais começam a aparecer em cerca de 5 a 21 dias após o contágio. Por isso, o tempo de atenção e cuidado com os sintomas pode se estender até 21 dias. Ademais, a doença dura por 2 a 3 semanas, evoluindo para a cura. Ou seja, a enfermidade praticamente cura-se sozinha, sendo necessários medicamentos apenas para amenizar os sintomas. 

Como a Varíola dos Macacos é transmitida?

Como mencionamos anteriormente, a Varíola dos Macacos tem sua origem em roedores e é comumente encontrada nos macacos. Logo, o jeito mais corriqueiro de pegar a doença é sendo mordido por roedores infectados, entrando em contato com secreções e/ou sangue de animais contaminados ou ingerindo a carne mal cozida desses animais. Além disso, a doença pode ser transmitida de humano para humano.

Dessa forma, pode ocorrer por meio do contato com as secreções de alguém infectado ou por objetos contaminados por essa pessoa. Além disso, há casos incomuns em que secreções respiratórias, liberadas ao tossir, possam causar a contaminação da doença. Por fim, a varíola também pode ser passada por meio do ato sexual, nos casos em que as bolhas e/ou feridas se espalharam pela região genital.

Como é feito o diagnóstico da doença?

O diagnóstico da Varíola dos Macacos é feito através de um clínico geral ou de um infectologista. A confirmação da doença se dá por meio de um exame chamado PCR, que faz uma análise a partir da secreção coletada da ferida do paciente. Ainda mais, é importante consultar um médico especializado logo quando aparecer os sintomas. Isso porque a varíola pode ser confundida com outras doenças, como catapora, sífilis, dengue e até covid-19. Nesse sentido, é necessário ter o diagnóstico para a realização do tratamento adequado. 

Prevenção

Afinal, o que você pode fazer para prevenir-se contra essa doença? Como vimos ao longo do artigo, a Varíola dos Macacos é transmitida por meio do contato com animais contaminados e ao entrar em contato com as secreções das feridas de outros humanos infectados. Por isso, evite ao máximo estar perto de animais contaminados. Além disso, caso você vá ingerir carne de roedores, verifique se o alimento está bem cozido e se foi higienizado antes do preparo.

Devo me preocupar?

Por fim, se algum conhecido apresentar os sintomas da doença, procure manter distância e mantenha a higiene ao encostar em objetos que podem estar contaminados. Recentemente, cerca de 31 países na Europa relataram surto de Varíola dos Macacos, com algo em torno de 4,5 mil infecções. Isso fez com que grande parte dos países europeus pedissem lotes da vacina de varíola, que apresenta 85% de eficácia contra a Varíola símia.

Além disso, os Estados Unidos também encomendaram milhões de vacinas. E para completar, a Argentina já divulgou que 2 pessoas estão infectadas. Enquanto o Brasil permanece com 3 casos em suspeita. Com isso, podemos nos perguntar: estaríamos à beira de uma nova pandemia? Bem, segundo alguns especialistas do assunto, é bem provável que não!

Conclusão

Afinal, a forma de contágio da Varíola dos Macacos é menos agressiva quando comparada a outras doenças, como o coronavírus. Além disso, a infecção evolui para a cura. Ou seja, esse vírus é menos letal, Ademais, na maioria dos casos, nem é necessário o uso de medicamentos para o tratamento dos sintomas.

Assim, chegamos ao fim deste artigo! Nele, você conferiu que a Varíola dos Macacos teve início a muitos anos atrás e que, os casos atuais dessa doença não são novidade! Além do mais, vimos como ela ocorre, quais são seus sintomas e, o mais importante, se precisamos nos preocupar com uma possível nova pandemia.

E para finalizar, deixamos a recomendação: cuide-se, esteja sempre atento quanto à sua saúde e caso sinta que alguma coisa está errada, procure um profissional da saúde! Agora, se você tiver alguma dúvida ainda relacionada ao assunto, fique à vontade para deixá-la nos comentários.